segunda-feira, 11 de julho de 2011

Massacre de My Lai

My Lai é o nome da aldeia vietnamita onde, em 16 de março de 1968, centenas de civis, na maioria mulheres e crianças, foram executados por soldados do exército dos Estados Unidos, no maior massacre de civis ocorrido durante a Guerra do Vietnã.

Antes de serem mortas, algumas das vítimas foram estupradas e molestadas sexualmente, torturadas e espancadas. Alguns dos corpos também foram mutilados.

História

Em 16 de março de 1968, a companhia Charlie, unidade da 11ª brigada de infantaria, composta de 150 soldados, liderados pelo tenente William Calley, recebeu ordens claras do Capitão Ernest Medina: vasculhar e destruir a aldeia de My Lai. Os soldados da companhia Charlie, com média de idade de 20 anos, já havia sofrido várias baixas, devido a atiradores de elite, minas e armadilhas explosivas, mas não havia ainda entrado em combate. Estavam todos procurando por sua chance de vingança.

Quando os soldados chegaram na aldeia de My Lai, não encontraram nenhum soldado Vietcong. Calley então ordenou: matar todos os civis.

Em apenas quatro horas, mataram os animais, queimaram as choupanas, violaram e mutilaram as mulheres, assassinaram homens e trucidaram as crianças. Para sobreviver, alguns habitantes tiveram que fingir-se de mortos, passando horas no meio dos cadáveres. No final da orgia de sangue, havia 504 cadáveres dos aldeões, em sua grande maioria idosos, mulheres e crianças (cerca de 170), todos desarmados e assassinados a sangue frio.


Cerca de vinte pessoas sobreviveram. As casas foram incendiadas, e as quatro aldeias reduzidas a cinzas. Quando acabou a guerra, em 1975, alguns voltaram para recomeçar a vida na terra de seus ancestrais. Seis deles permanecem na comunidade, rebatizada pela República Socialista do Vietnã como Tinh Khe.

O massacre só foi interrompido graças à iniciativa heróica do piloto de helicóptero, Hugh Thompson, Jr., que vendo do alto a matança, pousou o aparelho e ameaçou atirar com as metralhadoras de sua própria nave contra os soldados americanos.

O crime só veio a público um ano depois, devido a denúncias saídas de dentro do exército, por soldados que testemunharam ou ouviram os detalhes do caso – e um deles, Ronald Ridenhour, escreveu a diversos integrantes do governo americano, inclusive ao Presidente Nixon – e chegaram a órgãos de imprensa e às televisões. Jornalistas independentes conseguiram fotos dos assassinatos e as estamparam na mídia mundial, ajudando a aumentar o horror e os esforços dos pacifistas a pressionar o governo Nixon a se retirar do Vietnã.

Em março de 1970, 25 soldados foram indiciados pelo exército dos Estados Unidos por crime de guerra e ocultação de fatos e provas no caso de My Lai. Comparado pela mídia aos genocídios de Oradour-sur-Glane e Lídice durante a Segunda Guerra Mundial, que causou a condenação e execução de diversos oficiais nazistas, apenas o tenente William Calley, comandante do pelotão responsável pelas mortes foi indiciado e julgado.


Condenado à prisão perpétua, Calley foi perdoado dois dias depois da divulgação da sentença pelo Presidente Richard Nixon, cumprindo uma pena alternativa de três anos e meio em prisão domiciliar na base militar de Fort Benning, na Geórgia.

Calley vive hoje em Columbus, no mesmo estado da Geórgia, onde trabalha, segundo moradores do local, numa loja de jóias. O promotor de seu julgamento afirma que ele sofre de contínuas crises de insônia, devido à lembrança dos massacres de 1968 em My Lai.



Agora conheçam a biografia do herói, Hugh Thompson, Jr.

Hugh C. Thompson Jr (Atlanta, 15 de abril de 1943 — 6 de janeiro de 2006) foi um piloto de helicóptero durante a Guerra do Vietnã, que se tornou conhecido na história da guerra por sua iniciativa em interromper o massacre de civis na aldeia vietnamita de My Lai.

Nascido na Geórgia, Thompson se alistou na Marinha em 1961 e no Exército em 1966, onde fez treinamento como piloto de helicóptero.

Hugh Thompson, Jr. reformou-se do exército com o posto de major. Morreu em 6 de janeiro de 2006 aos 62 anos de idade, após uma longa luta contra o câncer. Foi enterrado com honras militares, salvas de tiros e sobrevoos de helicópteros de combate durante seu funeral. Durante as exéquias, foi saudado com o título de "Pacificador".


                             My Lai - A Massacre Disaster








Fonte: Wikipédia



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